Amo ser mãe. Amo tudo o que está em volta do papel de mãe: as obrigações, as expectativas, as alegrias e tristezas, os estresses, as brigas, as brincadeiras, as preocupações, o carinho. Agradeço diariamente pela oportunidade de poder ser mãe, e três vezes. Agora, também admito, não é uma tarefa das mais fáceis!!!
Eu adoro a vida que levo, a minha família, tudo que conquistei. Não sou perfeita, tenho milhões de falhas, mas faço de tudo para ser o melhor possível.
Já escutei muito a pergunta: como é que você consegue? Como você dá conta? Nossa, três filhos e ainda faz as coisas, arruma a casa, lava, passa, cozinha, faz suas guloseimas. Não tem empregada? Como assim?
Não faço nada diferente de um monte de gente, não sou melhor do que ninguém e faço porque quero. Se gosto? De algumas coisas sim, de outras não. Por exemplo: amo cozinhar, minha terapia. Mas odeio lavar, passar, arrumar a casa. Nunca fiz isso antes de casar. E faço por quê? Porque é necessário, porque tenho uma família para cuidar, porque não me custa. Faço porque quero, não me sinto obrigada, até porque se me sentisse obrigada, não faria.
As vezes tenho vontade de jogar tudo pro alto, de tão cansada que fico. Já tive vontade de sumir ( e quem nunca teve? ). Mas amo demais minha família para isso. O dia que não tiver mais prazer em fazer isso, ou que me sentir usada, pouco valorizada ou não amada, aí eu paro!!!
Não é fácil ser mãe de três, principalmente tendo uma filha adolescente, fase difícil essa: tudo questiona, discute, é a do contra. Nada agrada, nada presta, nada está bom. Se hoje o almoço é frango, ela queria carne, se hoje é carne, ela queria frango, e por aí vai.
Se já tive vontade de enforcar? Muitas vezes. Se já enforquei? Não. Então, sou normal. Hoje mesmo li um texto falando sobre isso: normal se já teve vontade de jogar seu filho pela janela. O que não pode é jogá-lo!!!
Tenho uma menina linda de 2 anos e meio. Anna Letícia é só sucesso: inteligente, bonita, espevitada, esperta, falante. Chama atenção de todos. E junto com todo esse sucesso vem também a agitação. Anna Letícia não pára. Ela é ligada no 220, 24 horas por dia. Não para um minuto, nem quando dorme. E não é exagero. Ela não para nem pra dormir. Se mexe, fala, briga a noite toda. E sim, ela me cansa!!! Demais!! E é assim desde bebê. Imagina acordar de 2 em 2 horas para amamentar, ficar mais de uma hora amamentando, e 2 horas depois acordar de novo? Ela era assim. Foi assim até quase 1 ano de idade. Surtei muitas vezes. Meu marido me chamava de mulher panda, tamanha eram as olheiras. Se João Gabriel fosse assim também, provavelmente eu não estaria aqui agora escrevendo esse post!!!
Eu acho que João Gabriel já veio ao mundo sabendo que tinha que ser quietinho, dorminhoco e silencioso. Acho que ele pensa assim: vou ficar na minha, mamãe não vai aguentar mais um agitado. Ele é um doce de menino. Está com três meses e dorme a noite toda desde 1 mês. durante o dia fica quase todo o tempo acordado, mas calminho, sem reclamar. Fico até com pena, parece abandonado, largadinho. E quando você chega perto dele, o que recebe de volta: sorrisos. O dia todo, sorrisos e mais sorrisos. Sim, ele me equilibra, me dá a paz que eu preciso e me fez não desistir quando pensei em fazê-lo.
Sim, porque você pensa em desistir, e assumo isso. Não dou conta diariamente. Tem dias que a vontade é só ficar deitada. Vem desânimo, tristeza, deprê. Mas aparece a voz interior e fala: vamos Carol, força, levanta!!!
E quando você se olha no espelho, descabelada, com olheiras, barriguda, quadril de tanajura e pergunta: o que meu marido viu em mim? Aff....ele não vai me aguentar, já, já arruma outra, uma gostosona, porque a esposa virou a dona de casa. Sim, sim, isso passa pela minha cabeça. Sou normal, e sei que passa na cabeça de milhões de mulheres por aí a fora.
E a culpa por não se sentir boa mãe, boa esposa? Essa é diária, tenho sempre. Sou péssima, aliás!!! Meu crítico interior é horroroso!!
Enfim, se você também tem essa culpa, vontade de sumir, de trancar as crianças e jogar a chave longe, de enforcar a filha adolescente, fica calma. Você, assim como eu, é normal. Não somos perfeitas e nem conseguiremos ser. Nunca agradaremos a todos. O importante é ser feliz e estar bem consigo mesma. E ponto!!! O resto é lucro!!! Mas olha, não pode jogar as crianças pela janela ( pedindo licença ao texto: http://www.mulherquecorrecomlobos.com.br/coisas-de-mae/ser-mae-e-se-fuder-no-paraiso/ )
OI, amiga!
ResponderExcluirEstou aqui lendo o seu post e morrendo de rir, porque você fala da dificuldade de ser mãe, dona-de-casa, esposa e ter que conciliar todas essas funções e outras mais. Também imagino essas coisas, até porque tenho uma prima que teve filhos trigêmeos há alguns anos. Fico imaginando a loucura que era a casa quando esses meninos vieram ao mundo... Deus do Céu!!!! Tem que ter muita disciplina para aguentar o ritmo. Hoje, eles estão com quase 12 anos, acho eu, e ela ainda pinta quadros e faz artesanatos e mantém a casa impecável, sem ajuda de ninguém, mas o segredo é que à medida que os meninos foram crescendo, ela foi colocando cada um para se integrar à essa organização. Hoje, eles ajudam naquilo que podem para manterem a casa em ordem. Mas, a disciplina é militar!
Abraços,
Drica.
Carol,
ResponderExcluirVocê é MARAVILHOSA!
Graça Fontenele
Oi Carol, seu blog é uma graça!
ResponderExcluirE me admiro muito em conseguir mante-lo!
O meu está lá jogado as traças, de vez em quando tiro a poeira e olha que nem tenho filhos pequenos igual os seus!
Parabéns pela dedicação!
Vc é uma mulher de fibra.
BjãooO
Obrigada Carol por me fazer me sentir normal...
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