Cirurgia bariátrica - redução de estômago

 Oie amigos, boa tarde? Tudo bom? Como foram de fim de semana?

 Bom, como a maioria já deve saber, até porque eu não canso de lembrar (rsrsrs), domingo é meu aniversário. Farei 35 anos, e me peguei nesse fim de semana pensando na vida. Nossa, como minha vida mudou....e para melhor, muito melhor, vale destacar. E aí, me dei conta de um assunto que eu ainda não havia comentado aqui no blog e me deu muita vontade de fazer um post a respeito.


 Há 2 anos e 2 meses eu fiz a cirurgia bariátrica (redução de estômago). Não foi uma decisão fácil, fiquei um bom tempo refletindo se deveria, se valeria a pena e tal. Mas já havia tentado milhões de dietas, morria de medo de ficar doente, não conseguia fechar a boca e a cada vez engordava mais. Tomei essa decisão pela saúde e não pela estética, quero deixar isso bem claro. Estava com dores na coluna, joelho, pressão oscilando e triglicerídeos alto. Tinha uma filha pequena, se eu morro, como ficaria? 


 Ser gorda nunca me incomodou. Quer dizer, me incomodava as dores na coluna, no joelho, perder o fôlego,  não conseguir comprar uma roupa bonita (roupa de gorda é horrorosa, sejamos bem honestas), não entrar naquela calça que eu gostava, ou naquele vestido lindo. Mas, fora isso, nunca sofri preconceito, nem tive problemas para arrumar namorado ou manter amizades. Pelo contrário, sempre fui muito querida. Então não, não resolvi emagrecer para satisfazer meu ego, para os outros, fiz por mim. Resolvi pela minha saúde, pelo medo que eu tinha de não ver minha filha crescer. E destaco: só vale a pena se for por você. 


 Não foi fácil optar pela cirurgia. Não é um procedimento simples, tranquilo. Pelo contrário, é bastante complicado e requer comprometimento, apoio da família e que esteja com a cabeça muito boa, senão você pira.


 Tive o privilégio de poder escolher uma excelente clínica aqui no Rio de Janeiro, umas das melhores, e de operar com um dos melhores cirurgiões da área, o Dr. Fábio Viegas. Ele possui uma clínica e é extremamente experiente e comprometido. Um dos motivos que me fez optar por ele foram seus métodos e todo o percurso que se faz até a cirurgia e após a mesma.  Ele é, pelo menos na época era, um dos poucos que tinha o cuidado de deixar o paciente por 24 horas na UTI em observação, pois as primeiras 24 horas são as mais críticas.


  Somos obrigados a participar de uma palestra, de consultas com nutricionista, cardiologista, endocrinologista e psicólogo (este no total de 3 consultas).  E com a psicóloga, a terceira consulta é junto com a família, pois se o apoio familiar não for constatado, não é autorizado a cirurgia. E você deve estar se perguntando o porquê disso. É porque o apoio da família é fundamental, principalmente no pós-operatório. Precisamos de muita ajuda, principalmente no primeiro mês, que a alimentação requer uma série de cuidados, fora o apoio psicológico. 


 A redução de estômago não é nenhum bicho de 7 cabeças. Os primeiros 6 meses são os mais cuidadosos e complicados, mas depois, é vida normal. Claro que tenho que tomar vitaminas e complemento de ferro diariamente,  alguns alimentos me enjoam, outros entalam...é isso mesmo, às vezes determinada comida cisma de não descer, mas nada horroroso. Pelo contrário, como de tudo e muito bem. Vocês podem ver pelos meus posts. Só que me controlo, sei a hora de parar. Agora como para me alimentar, satisfazer minhas necessidades fisiológicas, e não mais com os olhos. Como com o estômago e com a cabeça. Sei a hora de parar  porque estou satisfeita,  parar para não passar mal e para não engordar. Porque sim, posso engordar de novo. Porque estômago é músculo, e como tal, dilata. Mas não vou ficar neurótica. Vou em rodízios, festas, restaurantes, sem sofrimento. Vou para me divertir e não para comer.Porque não ia valer a pena fazer uma cirurgia dessas e nunca mais na vida comer um brigadeiro; mas também não ia valer a pena fazer esse tipo de cirurgia, sofrer tanto no início e engordar tudo de novo.  Quero vida normal. E isso eu tenho. Não tive problemas maiores, porque a minha cabeça foi preparada. Sabia o que estava fazendo e sei o que preciso fazer. Sei a quantidade que posso comer,  que me faz mal e tal. E vou me cuidar sempre. 


 Quando engravidei, muita gente ficou preocupada se eu ia engordar de novo. Eu não, pois sabia que não ia. Pelo contrário, já estou 8 quilos mais magra do que antes de engravidar, e sem dieta, comendo bem afinal, amamentar dá uma fome!!!


 E aqui estou eu, 55 quilos mais magra e feliz, muito feliz. E acima de tudo saudável, muito saudável. Meus exames estão ótimos, as taxas excelentes, sem nada alto, sem riscos, sem medo de morrer. E faria tudo de novo. Sofreria, abriria mão, sentiria dor, tudo de novo. Pois é por pouco tempo e é para a vida toda. E assino embaixo: não foi sacrifício, não foi dolorido, não foi chato. Foi nascer de novo.


Vejam nas fotos as mudanças.

 Antes:

DEPOIS:

Bom, é isso. Essa é um pouquinho da minha história. Espero que tenham uma semana excelente. Bjks e tudo de bom.